agosto 26, 2010


E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia - disse a raposa.
- Bom dia - respondeu educadamente o pequeno príncipe, que, olhando a sua volta, nada viu.
- Eu estou aqui - disse a voz -, debaixo da macieira…
- Quem és tu? - perguntou o principezinho. - Tu és bem bonita…
- Sou uma raposa - disse a raposa.
- Vem brincar comigo - propôs ele.- Estou tão triste…
- Eu não posso brincar contigo - disse a raposa. - Não me cativaram ainda.
- Ah! Deculpe - disse o principezinho.
Mas, após refletir, acrescentou :
- Que quer dizer “cativar”?
[…]
- É algo quase sempre esquecido - disse a raposa. - Significa “criar laços” …
- Criar laços?
- Exatamente - disse a raposa. - Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade em ti. E tu tambem não tem necessidades em mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. 
Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidades um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo…
O pequeno príncipe (pag 65 e 66) 

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